FMI liberta pagamento de 851 milhões de euros a Portugal

Fundo Monetário Internacional aprovou resultados da 11ª avaliação ao programa de resgate português.

Foto
Instituição liderada por Christine Lagarde voltou a pedir mais investimento em infra-estruturas Chip Somodevilla/Getty Images/AFP

O conselho de administração do Fundo Monetáfrio Internacional (FMI) concluiu esta quinta-feira a 11ª primeira avaliação do programa de ajuste financeiro português e libertou mais uma tranche da ajuda a Portugal no valor de 851 milhões de euros.

Num comunicado emitido ao final da tarde, o FMI revela que, tal como acontece com a Comissão Europeia, também irá estender até ao final de Junho o prazo para a conclusão de todas as operações relacionadas com o programa de ajustamento português.

O fim da intervenção da troika em Portugal continua marcado para 17 de Maio, mas este suplemento temporal dará margem de manobra para "avaliar os critérios de desempenho alcançados, completar a última revisão e efectuar o último pagamento" previsto no acordo de assistência financeira.

A última avaliação da troika tem início marcado para a próxima terça-feira e incidirá sobre as medidas de carácter duradouro que o Governo terá de assumir para manter o equilíbrio das contas públicas no futuro.

No comunicado emitido ontem, o director do FMI David Lipton reconhece que "o outlook macroeconómico de curto prazo continua a melhorar e que o programa [de ajuste] está no caminho certo", mas lembra que Portugal ainda irá enfrentar desafios importantes "porque as necessidades substanciais de financiamento deixam o país exposto à volatilidade dos mercados".

Por isso, Lipton sustenta que os esforços de consolidação orçamental devem manter-se, no futuro, e chama a atenção para a necessidade de conseguir "progressos na reforma das pensões e da administração pública, bem como em outras áreas orçamentais".

A manutenção da vigilância sobre a evolução do sector bancário é outra das recomendações do FMI, que sublinha "recentes iniciativas do Banco de Portugal que vão na direcção certa", incluindo os esforços em curso para reforçar os seus balanços.

Notícia actualizada às 21h00

Sugerir correcção
Comentar