Plateia manifesta “preocupação” pelo futuro do Teatro Municipal do Porto

Plataforma artística reuniu com o vereador da Cultura da Câmara do Porto na passada sexta-feira e não saiu convencida do encontro.

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A direcção da Plateia, associação que congrega vários profissionais do teatro e da dança do Porto, diz estar preocupada com o “cenário de incertezas” em torno do futuro dos teatros municipais Rivoli e Campo Alegre, enquanto “o tecido de criação artística e cultural da cidade continua a desagregar-se e a desaparecer”.

Em comunicado, a Plateia informa que esteve reunida com o vereador da Cultura da Câmara do Porto, Paulo Cunha e Silva, na passada sexta-feira, para partilhar com o responsável político “a preocupação acerca do projecto do Teatro Municipal do Porto (Teatro Rivoli e Teatro Campo Alegre)”. Durante quase uma hora, os representantes da Plateia e da REDE (uma plataforma que representa estruturas de dança), ouviram o vereador apresentar “ideias genéricas e apontamentos vagos do modelo de gestão para aqueles espaços culturais”, acrescenta o documento.

Os responsáveis da plataforma artística temem, por isso, que neste momento Cunha e Silva não tenha mais do que “esboços sobre o que fazer com estes equipamentos” e nem a abertura do concurso para encontrar o futuro director de programação do Teatro Municipal – que deverá ser discutida, em reunião de câmara, na manhã desta terça-feira – sossega a direcção da Plateia. “O vereador afirmou que os modelos que irão ser criados terão a expertise e a marca do director nomeado. Reconheceu ainda que tem sido um processo lento e difícil e informou a direcção da Plateia de que este dossier só estará completo, e que o Teatro Rivoli e o Teatro Campo Alegre só estarão em pleno funcionamento daqui a dois anos aproximadamente, isto é, no último ano deste legislatura”, lê-se no comunicado.

A Plateia, que já em Dezembro fora recebida por Cunha e Silva para discutir, entre outros temas, o futuro dos dois teatros diz que irá “aguardar novos desenvolvimentos” e mostra-se “surpreendida” por não ter sido convidada para integrar o júri do concurso que irá decidir quem será o novo director de programação do Teatro Municipal.

Na agenda da reunião de câmara desta terça-feira consta a apresentação à vereação do programa de concurso e caderno de encargos que irão ditar a escolha do futuro director de programação. O documento não será, contudo, sujeito a votação, uma vez que “a decisão de contratar e a aprovação das peças do concurso” pertence ao presidente da câmara, refere a proposta agendada.

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