Conselho de Redacção da RTP sugere que novo Conselho Geral tenha um representante da empresa

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CDS-PP aguarda posição formal do Governo sobre privatização da RTP Foto: Pedro Cunha

O Conselho de Redacção da televisão da RTP sugeriu a possibilidade de ser incluído no futuro Conselho Geral Independente (CGI) um representante da empresa.

O órgão representante dos jornalistas de televisão da RTP foi ouvido esta quinta-feira na comissão parlamentar para a Ética, Cidadania e a Comunicação, no âmbito das alterações à lei da televisão, da rádio e dos novos estatutos da RTP. Ficou ainda por agendar outra audição com o Conselho de Redacção da rádio da RTP.

Na audição, Teresa Nicolau, um dos membros do Conselho, sugeriu a possibilidade do CGI, que vai supervisionar a RTP, integrar um representante da empresa, o que levou a deputada do Bloco de Esquerda Cecília Honório a lançar um repto para que aquele órgão apresente a proposta.

O Conselho de Redação disse estar disponível para dar o seu "contributo, adiantando que para tal terão de falar com "os colegas da RTP em plenário" para avançar com uma eventual proposta. "Fomos buscar a inspiração" da possibilidade de eleição de um funcionário para o CGI "ao Conselho de Opinião", disse.

De acordo com os novos estatutos, o Conselho de Opinião vai ser alargado para integrar um membro dos representantes dos trabalhadores. Segundo a proposta legislativa, o Governo nomeia dois elementos do CGI e o Conselho de Opinião outros dois, sendo que os restantes dois serão cooptados pelos quatro anteriores.

Durante a audição, os elementos do Conselho de Redação disseram que a RTP "tem informação independente" e defenderam que gostariam "muito que assim continuasse a ser". Questionada sobre eventuais suspeitas de governamentalização, Teresa Nicolau foi peremptória: "Não sentimos governamentalização, nem partidarização". E adiantou que há "total independência e liberdade no terreno", considerando que a "RTP é um exemplo da liberdade de informação".

Em relação à rádio, o Conselho de Redação da televisão considerou que deverá haver "separação e autonomia", já que são plataformas diferentes.

Relativamente ao financiamento da empresa, "confiamos que o Estado proporcione à RTP os meios necessários para que continue a ter a RTP 1, RTP 2, RTP Informação, África, Internacional e Memória", disse. Defendeu ainda que a RTP 2 tenha mais informação.

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