Câmara do Porto prevê nova obra superior a um milhão de euros para consolidar escarpa das Fontainhas

Vários moradores foram retirados da escarpa, em 2013, devido à sua alegada instabilidade.

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O Bairro Nicolau começou a ser desmantelado no mesmo dia em que os moradores foram despejados Fernando Veludo/NFactos

A Câmara do Porto espera concluir em Abril a empreitada de consolidação da escarpa das Fontainhas que está a decorrer, prevendo ainda este ano lançar nova obra, superior a um milhão de euros, para estabilizar outras zonas em risco. "Terminada esta empreitada, está previsto o lançamento de uma segunda, de consolidação de outras zonas da escarpa, para a qual existe dotação orçamental em 2014 superior a um milhão de euros", revelou fonte da autarquia, numa resposta escrita enviada à Lusa.

As duas intervenções dizem respeito às "duas secções críticas quanto ao perigo de derrocada" identificadas pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), que já levaram ao realojamento de 18 famílias, acrescentou a mesma fonte.

De acordo com a Câmara do Porto, a área "mais urgente", situada entre as pontes do Infante e a D. Maria Pia, está desde Agosto a ser alvo de trabalhos de consolidação correspondentes a "um investimento municipal" superior a 915 mil euros. "Esta primeira empreitada tem um prazo de execução de 240 dias, terminando, por isso, em meados de Abril", indica a autarquia.

"De um modo geral, a empreitada visa a consolidação da escarpa através da limpeza da vegetação existente, retirada de blocos rochosos em risco de queda, reparação de muros em pedra, demolições e colocação de rede metálica através de pregagens", descreve o município.

Quanto à segunda fase da obra, prevista no orçamento municipal para este ano, "os fins são os mesmos", mas, de acordo com a resposta da Câmara do Porto, "ainda" não existe "data exacta para o lançamento da obra".

No final de Julho, 18 famílias do Bairro Nicolau, na escarpa, foram desalojadas pela Câmara do Porto, que alegou razões de segurança. Aos cerca de 30 moradores foi, então, indicada como única alternativa de alojamento o Bairro do Cerco. Descontentes, estes apelaram aos então candidatos à presidência da câmara, obtendo garantias de realojamento mais perto da sua zona original de residência.

Conforme o PÚBLICO noticiou, os antigos moradores do Bairro Nicolau estão já a regressar à freguesia do Bonfim. A maior parte delas optou por casas no Bairro de Fernão de Magalhães.

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