Mercado do Bolhão público, privado ou semiprivado: todos os cenários em aberto

Executivo aprovou, por unanimidade, a prorrogação da redução das rendas pagas pelos comerciantes do mercado, até ao final do ano.

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O Mercado do Bolhão está escorado há uma década. Não deve ter obras em 2014 Paulo Pimenta

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, afirmou, na reunião pública do executivo desta terça-feira, que a autarquia está a trabalhar “em várias vertentes”, no processo de reabilitação do Mercado do Bolhão. O município ainda não decidiu se o modelo a implementar no edifício emblemático do centro da cidade será “público, privado ou semiprivado”. Os fundos comunitários serão um factor decisivo.

O estado de degradação do edifício chegou ao executivo durante a discussão da proposta que prorroga até ao final do ano a redução “até 40% do valor das taxas mensais devidas por cada ocupante” do mercado e que foi aprovada por unanimidade. Ricardo Almeida, do PSD, manifestou “preocupação” pelo “adiar do problema” da reabilitação, e defendeu: “Existem outras formas de financiamento, como a concessão. Tudo leva a crer que 2014 será mais um ano em branco”.

Na resposta, Rui Moreira garantiu que a reabilitação do mercado é “um compromisso político”, mas lembrou que, “no modelo público, não é irrelevante haver ou não fundos comunitários”. E por isso é que a reabilitação do Bolhão é um dos motivos que deixam preocupado o autarca na questão dos atrasos e da “opacidade” dos fundos comunitários do período 2014-2020. “Estamos a trabalhar nas várias vertentes, tendo em conta que [recuperar o mercado] é muito importante para a cidade. Podemos ter um modelo público, privado ou semiprivado, mas se tomamos uma decisão antes de termos respostas quanto ao quadro comunitário de apoio, podemos colocar-nos numa posição em que escolhemos um modelo que não tem acesso a fundos comunitários”, explicou.
 

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