Passos admite nova revisão das metas do défice

Primeiro-ministro garante que “Portugal não quer nem mais dinheiro nem mais tempo”.

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Passos Coelho esteve no Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas Enric Vives-Rubio
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O primeiro-ministro admitiu nesta terça-feira que o Governo pode discutir com a troika um novo plano de ajustamento do défice, como já aconteceu durante a quinta avaliação, que implique que Portugal possa ter mais um ano para cumprir essa meta

Pedro Passos Coelho garante que Portugal não pedirá “nem mais dinheiro nem mais tempo para concluir” o processo com a troika. “Tencionamos concluí-lo até Junho de 2014 com o envelope financeiro que estava acordado” com as instituições internacionais, garantiu, ao início da tarde, o primeiro-ministro, no final de uma visita ao SISAB – Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas. No entanto, “é provável que essa matéria [o plano de prazos de ajustamento do défice] esteja novamente em discussão”, admitiu Pedro Passos Coelho.

“O ano passado tivemos, na quinta avaliação, a possibilidade, a pedido do Governo português, de ter mais um ano para ajustar o défice do Estado”, lembrou o primeiro-ministro, deixando no ar a hipótese de tal voltar a acontecer desta vez e acrescentando que no âmbito europeu haverá mais países na mesma situação de Portugal.

Há dias, o ministro das Finanças admitiu, na comissão parlamentar, que o executivo espera que a Comissão Europeia proponha o prolongamento, por mais um ano, do prazo concedido a Portugal para “corrigir a situação de défice orçamental excessivo”. Em Setembro de 2012, a troika aceitou uma derrapagem nas metas do défice desse ano, de 4,5% para 5%, de 3% para 4,5% em 2013, mas mantendo os 2,5% em 2014.

“Estamos a iniciar uma avaliação. Iremos ver com atenção os números de que dispomos do lado da execução orçamental”, afirmou o primeiro-ministro, lembrando ser política da União Europeia não permitir que os Estados possam apresentar défices superiores a 3%.

Sobre a reforma do Estado e o corte de 4000 milhões de euros, o primeiro-ministro manteve a sua filosofia de não falar sobre áreas afectadas pelas reduções ou quando serão anunciadas tais medidas. “O Governo tem um compromisso com a troika de, neste exame, poder discriminar um conjunto de poupanças permanentes a partir de 2014.”
 
 

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