CGTP atribui recuo na taxa de desemprego à emigração de jovens

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A taxa de desemprego nos países da UE foi de 10,6% Foto: Adriano Miranda

A CGTP considerou hoje que o recuo de 0,1 pontos percentuais na taxa de desemprego estimada pelo Eurostat para Portugal não é motivo de regozijo porque o recuo “apenas poderá ser resultado da emigração na área da juventude”.

Em declarações à Lusa, o dirigente da CGTP Joaquim Dionísio explicou que “este recuo apenas poderá resultado da emigração na área da juventude uma vez que a economia continua a degradar-se e o emprego não cresce”.

O sindicalista falava no final de a central sindical ter sido recebida pelos grupos parlamentares do Bloco de Esquerda, PCP, PS e o Partido Ecologista “Os Verdes”.

O desemprego em Portugal situou-se nos 15,7% em Setembro, um recuo de 0,1 pontos percentuais em relação a Agosto, enquanto entre os jovens diminuiu 0,6 pontos percentuais para os 35,1%, segundo o Eurostat.

Segundo dados do gabinete de estatísticas da União Europeia (UE), hoje revelados, na zona euro a taxa de desemprego fixou-se, em Setembro, nos 11,6 %, na comparação com os 11,5% em Agosto.

Na UE, a taxa de desemprego foi de 10,6%, estável em relação ao mês anterior.

A CGTP tem vindo a propor medidas alternativas à proposta de Orçamento do Estado para 2013 “sem tocar” no IRS, no que diz respeito aos rendimentos dos trabalhadores e pensões.

As propostas da central sindical para “outro orçamento”, alternativo ao entregue pelo Governo à Assembleia da República, permitiam alcançar uma poupança de 7.781 milhões de euros e aumentar a receita em 6342 milhões de euros.

Para conseguir diminuir a despesa, a CGTP-IN propõe que o IGCP – agora chamado Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública desde que foi transformado em Entidade Pública Empresarial (EPE) – “proceda à recompra de Obrigações do Tesouro de forma a reduzir os brutais encargos com juros destes títulos”.

E a emissão futura de obrigações do tesouro deve ser feita com taxas de juro para o Estado de valor idêntico às taxas de juro que hoje o Banco Central Europeu pratica para a banca comercial privada, ou seja, de 0,75%.

Em relação à renegociação da dívida, a central sindical liderada por Arménio Carlos “exige que seja posto um travão à delapidação das contas públicas”, através da eliminação imediata da sobretaxa/margem com a “ajuda” da troika, numa poupança de 1690 milhões de euros.

Ainda do lado da despesa, a CGTP-IN propõe a eliminação dos benefícios fiscais e da dedução de prejuízos no sector financeiro e a redução imediata da taxa interna de rentabilidade das parcerias público privadas rodoviárias, num total acumulado de 7781 milhões de euros.

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