Ajustamento orçamental de Portugal “é imperativo e tem de prosseguir”, diz FMI

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Foto: Enric Vives-Rubio

O chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) para Portugal afirmou nesta quarta-feira que o país registou “progressos notáveis nos últimos 18 meses”, mas considerou que “o ajustamento orçamental é imperativo e tem de prosseguir”.

Numa declaração feita em Washington, a que a Lusa teve acesso, Abebe Aemro Selassie explicou que “Portugal obteve progressos notáveis nos últimos 18 meses em termos de reformas estruturais e consolidação das finanças públicas, com grandes sacrifícios e grande determinação da parte das autoridades portuguesas e do povo português”.

No entanto, acrescentou, “a dívida do país ainda é elevada e precisa de ser contida para assegurar a plena recuperação”, pelo que Portugal “precisa de restaurar a sua capacidade de se auto-financiar a taxas razoáveis”, o que significa que o ajustamento orçamental é imperativo, e tem de prosseguir”.

Para Selassie, o aconselhamento prestado pelo FMI em termos de ajustamento orçamental “continua a ser pragmático e coerente”, uma vez que ele “é necessário em países com alto nível de endividamento e acesso limitado ao financiamento”, como é o caso de Portugal.

Reconhecendo que economias nestas condições “precisam de passar por um processo de ajustamento orçamental”, o chefe da missão do FMI em Portugal alertou que “é preciso ter em conta as circunstâncias de cada país”, recordando as palavras da diretora-geral do Fundo.

Recentemente Christine Lagarde disse que “um programa de ajustamento orçamental por um determinado período não pode ser a solução a aplicar a todas as circunstâncias”, considerando que este ajustamento “depende do ritmo de crescimento, (...) das pressões do mercado e também do peso da dívida de cada um”.

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