Pedro Passos Coelho só teve apoio de alguns conselheiros do PSD

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A proposta governamental de alteração da TSU foi o tema quente do Conselho de Estado Nuno Ferreira Santos

Questões como o emprego, a equidade e o crescimento económico motivaram acesa discussão e uma divisão dos membros do Conselho de Estado, à margem de uma fractura clássica de esquerda e direita.

Na reunião do Conselho de Estado, o primeiro-ministro, Passos Coelho, escutou muitas vozes críticas quanto à proposta governamental de alteração da Taxa Social Única (TSU). Apesar de ter iniciado a sua intervenção com a disponibilidade do executivo em mudar de posição na reunião de amanhã da comissão permanente do Conselho de Concertação Social, Passos apenas teve o apoio de alguns conselheiros do PSD.

As propostas do Governo e as suas consequências a nível político e social - da crise da coligação às manifestações de rua -, foram dura e longamente analisadas por alguns dos 19 membros do Conselho de Estado. Os conselheiros Bagão Félix e Rui Moura Ramos, presidente do Tribunal Constitucional (TC) foram os mais críticos. Moura Ramos expôs as razões do chumbo do TC ao corte dos subsídios de férias e Natal aos funcionários públicos devido à falta de equidade da medida.

No campo do PSD não houve unanimidade: foram manifestados matizes que ofuscaram os apoios do bloco "laranja" ao primeiro-ministro. Luís Filipe Menezes e Marques Mendes foram os conselheiros mais próximos de Passos, enquanto os restantes se mostraram mais consentâneos com as preocupações do Presidente da República.

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Notícia corrigida às 13h09. Retirada a referência a "conselheiros da área socialista" em relação a Bagão Félix e Rui Moura Ramos

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