Barroso destaca “esforços impressionantes de ajustamento” dos países intervencionados

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Barroso diz que a crise começou devido a “práticas intoleráveis no sector financeiro” Foto: Frederick Florin/AFP

O presidente da Comissão Europeia disse hoje, em Estrasburgo (França), que é justo reconhecer os “esforços impressionantes de ajustamento” da Grécia, Irlanda e Portugal, e sublinhou a necessidade de os países prosseguirem a consolidação orçamental e reformas estruturais.

Intervindo no Parlamento Europeu durante o debate sobre o “Estado da União” Europeia, José Manuel Durão Barroso afirmou que o principal problema em termos de crescimento económico é a falta de competitividade, que se foi agravando em “alguns dos Estados-membros” da União, razão pela qual é necessário levar a cabo reformas, ainda que reconheça que esse esforço é “difícil e doloroso”.

O presidente do executivo comunitário fez, todavia, questão de destacar os “esforços impressionantes de ajustamento” levados a cabo designadamente pelos países sob programa, e que “nem sempre são reconhecidos”.

Referindo-se às causas da crise, Durão Barroso lembrou que esta começou devido a “comportamentos irresponsáveis” e “práticas intoleráveis no sector financeiro” – que ainda hoje prosseguem, apontou –, sendo agravada pelo facto de alguns governos terem acumulado dívidas insustentáveis, pelo que, nesse sentido, não foi a UE que colocou os Estados-membros em dificuldades, mas mais o sentido inverso.

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