Colocados menos 5147 professores

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A Fenprof ainda está a analisar as listas para apurar o número de professores candidatos a uma contratação inicial que ficaram colocados e por colocar

O Ministério da Educação de Ciência, anunciou esta sexta-feira em comunicado que dos 51.209 candidatos sem vínculo à função pública que se candidataram ao concurso para contratação inicial e renovação de contrato ficaram colocados apenas 7600.

São menos 5147 do que o número de professores contratados no ano passado, quando entraram nas escolas, nesta fase, 12 747 docentes sem vínculo.

A mesma fonte indica que ficaram colocados 1.999 professores do quadro que tinham concorrido devido à ausência de componente lectiva nas respectivas escolas e 801 docentes, que foram a concurso para aproximação à residência.

"Permanecem sem colocação 1.872 DACL, que farão substituição de aposentações, docentes com baixa médica prolongada e licença de parentalidade.

Poderão também desenvolver trabalho em Actividades Extracurriculares (AEC), apoio ao estudo ou coadjuvação em disciplinas estruturantes", informa o gabinete de imprensa do ministério.

Segundo a nota distribuída, as escolas solicitaram a colocação de docentes para o preenchimento de 12.114 horários, dos quais 1.714 horários (completos e incompletos), ficaram por preencher.

"Tal como todos os anos", indica o ME, estes horários "serão agora reavaliados pelas escolas para que os possam complementar nos casos necessários", com horas que resultem de aposentações e doenças que entretanto ocorram.

Os horários daí resultantes serão colocados a concurso na reserva de recrutamento (as chamadas “bolsas”).

"Esta colocação realizar-se-á semanalmente durante o primeiro período escolar, tendo em vista o preenchimento destes horários e de outros que venham a ser solicitados", conclui.

O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, já tinha reagido a uma primeira análise dos resultados do concurso de colocação de professores afirmando que “os números são de uma violência atroz”.

Apenas 4471 professores viram os seus contratos renovados, o que representa uma quebra de 43,5 por cento em relação ao ano anterior, quando renovaram 7915 professores.

“É uma redução enorme que, infelizmente, era previsível e é o resultado de medidas tomadas de propósito para pôr gente na rua”, disse Mário Nogueira, insistindo que o Ministério da Educação MEC está a pôr fora professores de que as escolas precisam”.

A Fenprof ainda está a analisar as listas para apurar o número de professores candidatos a uma contratação inicial que ficaram colocados e por colocar e o destino dos professores de carreira que se candidataram por terem ficado com horário zero. No total, os candidatos serão cerca de 50 mil, aponta.

O número de pessoas que estão a aceder às listas, na internet, tem feito com que para muitos as páginas se mantenham inacessíveis.

Notícia em actualizada às 21h42
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