Barclays corta exposição a Portugal e Espanha com receio que os países saiam do euro

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O banco reduziu a exposição a Portugal em 27% Foto: Mafalda Melo

O banco britânico Barclays reduziu em 22% a exposição aos países do euro em dificuldades, como Portugal, nos primeiros seis meses do ano, alegando “risco de redenominação”, ou seja, a saída do euro destes países.

De acordo com os resultados do banco apresentados hoje, a exposição a Portugal foi reduzida em 27% para cerca de 600 milhões de libras (cerca de 765 milhões de euros à taxa de câmbio actual), tendo agora uma exposição a Portugal, Grécia, Irlanda, Espanha, Itália e Chipre de 5,6 mil milhões de libras (cerca de 7,14 mil milhões de euros à taxa de câmbio actual).

O “risco de redenominação” é explicado pelos financeiros do banco como as potenciais perdas do banco com a mudança de divisa destes países para moeda local e consequente desvalorização.

O banco explica ainda que o grupo Barclays reduziu a exposição a Espanha em 13% para 2,2 mil milhões de libras (cerca de 2,81 mil milhões de euros), e que a exposição à dívida italiana também caiu 27%, mas devido ao vencimento de uma linha que estava na carteira de negociação.

Ainda relativamente a Portugal e Espanha, o banco refere que as perdas com imparidades de crédito nestes dois países aumentaram os custos em 35%, para 157 milhões de libras, reflectindo a deterioração das condições económicas nos dois países e da queda dos preços das casas.

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