O Banco Português de Investimento (BPI) apresentou um resultado negativo de 204 milhões de euros no ano passado. É a primeira vez na história da instituição que o banco liderado por Fernando Ulrich apresenta prejuízos anuais.

O resultado do banco liderado por Fernando Ulrich, o primeiro a apresentar as contas de 2011, reflecte um impacto negativo de 339 milhões de imparidades que resultam da exposição à dívida grega e de 71 milhões de euros negativos por causa da transferência do fundo de pensões para a Segurança Social.

No ano passado, explica a instituição num comunicado divulgado à CMVM, teve ainda de reconhecer dotações para reformas antecipadas (28 milhões de euros negativos).

O lucro da actividade doméstica diminuiu mais de 50% em relação a 2010, caindo para 25,9 milhões de euros. O lucro com a actividade internacional foi mais de três vezes superior (90 milhões de euros), mesmo com uma quebra de 8,4%.

Numa altura em que a banca europeia está a reforçar capitais para cumprir as metas acordadas pelos líderes europeus em Outubro, o BPI tem o rácio Core Tier 1, que mede a solvabilidade das instituições, nos 9,5%, cumprindo o objectivo estabelecido pelo Banco de Portugal para o final de 2011. Isto, ressalva, a instituição “sem recurso a qualquer aumento de capital”.

O rácio de transformação de depósitos em crédito cumpre já a regra que os bancos vão ter de cumprir a partir de 2014, segundo a qual o rácio máximo é de 120%: o BPI terminou o ano nos 109%.