Jardim diz que não criará “atritos” com o primeiro-ministro

O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, disse hoje que não entrará em “atritos” com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, pelo facto deste ter decidido não marcar presença na campanha eleitoral na Madeira.

“Se a comunicação social pensa que vai criar qualquer atrito entre mim e o primeiro-ministro está enganada, eu não entro nesse jogo porque compete-me também defender os interesses da República portuguesa”, disse Alberto João Jardim em declarações à Agência Lusa e à TVI.

Alberto João Jardim disse ainda que o mesmo princípio se aplicava ao Presidente da Republica, Cavaco Silva, que admitiu que as omissões nas contas da Madeira conferiam uma “falta de credibilidade” a Portugal.

“Aplica-se ao senhor Presidente da República o mesmo que eu disse em relação ao primeiro-ministro, é escusado e não entro em polémicas públicas, nem com o Presidente da Republica, nem com o primeiro-ministro, o que eu tiver de lhes dizer, direi pessoalmente”, adiantou.

Salientou ser seu hábito “não responder em público” quando confrontado se tinha ou não gostado de ouvir Pedro Passos Coelho dizer que não vinha à Madeira para “não caucionar” a política da Região: “Eu não tenho que dizer se gostei ou não, é cá comigo nem é meu hábito, nos últimos anos, entrar em conflito público com companheiros de partido, infelizmente no continente há pessoas que não têm tido essa ética para comigo”.

“Agora, compreendo as razões do primeiro-ministro”, admitiu, concluindo não se sentir só nesta campanha por ter consigo o povo madeirense e acrescentou: “Não quero é más companhias comigo”.

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