Pedido de ajuda não representa sacrifícios a dobrar para os madeirenses, diz Alberto João Jardim

O presidente do PSD-Madeira, Alberto João Jardim, rejeitou neste domingo o argumento que o pedido de ajuda para resolver o problema da dívida da Madeira represente “sacrifícios a dobrar para os madeirenses”.

A Madeira “não vai fazer sacrifícios a dobrar, é ao contrário, se os sacrifícios são para os madeirenses como para os outros portugueses, os benefícios são também iguais, já não somos portugueses de segunda”, disse Jardim num dos comícios de pré-campanha das eleições legislativas de Outubro, que reuniu militantes e apoiantes do partido da Ribeira da Janela e Seixal, no concelho do Porto Moniz, na zona norte da ilha.

Segundo o líder social-democrata madeirense, as “criaturas no continente” queriam que os madeirenses “ajudassem a pagar os dislates deles, enquanto a dívida da Madeira ficava de fora”.

“A dívida da Madeira está aqui à vista, sabe-se onde estão as estradas, os centros de saúde, os campos de futebol, os bairros de habitação. Está tudo a vista o que se construiu”, argumentou, acrescentando que no continente “não têm obra feita, têm dinheiro gasto”.

Jardim sublinhou que “se todos têm o privilégio de ter a vida financeira regularizada, se a ‘troika’ entra com dinheiro em Portugal, entra para o continente e também para a Madeira”.

O líder do PSD-M frisou que foi necessário aumentar a dívida para “não parar a Madeira” e prometeu que vai continuar a apresentar obra, a uma média de duas inaugurações por dia até às eleições.

Alberto João Jardim salientou que sempre “actuou”, esteve “atento” e soube negociar, lutando pelos interesses da Madeira.

“E estou a negociar outra vez. Mesmo nos momentos mais difíceis em que caíram tragédias na nossa terra e a oposição, que não teve respeito pelas pessoas e bens, viram como eu e o PSD enfrentámos as circunstâncias e reconstruímos a Madeira”, declarou.

O presidente do PSD-M garantiu que “a regularização financeira implica que estado social na Madeira não seja tocado”.

Disse também que “votar no CDS é votar para o PS ser Governo” na região, falando do cabeça de lista socialista, Maximiano Martins como “o candidato que traiu a Madeira e cozinhou com Sócrates a lei que tirou dinheiro à região”.

Criticou também o candidato do CDS, José Manuel Rodrigues, que classificou de Pôncio Pilatos, porque se absteve na votação dessa mesma lei, dizendo ser necessário “ter cuidado com os fariseus que andam por aí”.

“Neste momento há bom entendimento entre os Governos da República e da Madeira, se puserem lá um socialista a região está tramada” nas negociações com o Executivo do PSD em Lisboa, realçou.

Concluiu o seu discurso pedindo “ajuda para segurar a Madeira nesta tempestade financeira que vai no mundo”.

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