Administração da Guimarães 2012 de saída

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Logótipo humano da Guimarães Capital Europeia da Cultura Adriano Miranda

A administração da Guimarães 2012, presidida por Cristina Azevedo, vai deixar as funções que desempenhava há dois anos. O acordo para a destituição da equipa que lidera Capital Europeia da Cultura do próximo ano foi feito na manhã desta sexta-feira, durante uma reunião extraordinária do Conselho Geral da Fundação Cidade de Guimarães que se encontrava reunido para avaliar o desempenho dos gestores do programa.

A informação foi confirmada pelo presidente do órgão máximo da Fundação Cidade de Guimarães, Jorge Sampaio, no final do encontro extraordinário convocado para analisar o impasse criado na preparação do evento depois de o presidente da autarquia local ter retirado a confiança política aos responsáveis pela preparação da Capital Europeia da Cultura. A reunião foi suspensa pouco tempo depois de se ter iniciado para negociar os termos da demissão da administração da Guimarães 2012.

O Conselho Geral ainda não escolheu a equipa que vai substituir Cristina Azevedo. Certo é que os outros membros do Conselho de Administração, João Serra e Carla Morais também vão deixar de desempenhar as respectivas funções naquela estrutura. O novo presidente da Fundação Cidade de Guimarães terá que ser escolhido pela Câmara de Guimarães.

Sampaio confirmou que não estavam reunidas as condições para manter a actual administração em funções, atendendo aos atrasos na preparação da Guimarães 2012 que levaram à deterioração das relações entre a Fundação e o município. Em causa está um protocolo de descentralização da produção dos espectáculos da Capital da Cultura na cooperativa A Oficina que este seis meses à espera de ser assinado, bem como o processo de candidatura a fundos comunitários que sofreu um atraso que pode comprometer que o financiamento esteja disponível a tempo do início do evento.

No início da semana passada, o presidente da Câmara de Guimarães, António Magalhães retirou a confiança à administração liderada por Cristina Azevedo, mas não tinha poderes estatutários para a demitir. Desde então, os responsáveis da Fundação Cidade de Guimarães têm-se mantido em silêncio.

Notícia actualizada às 14h24
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