Resgates de certificados de aforro atingiram recorde de 700 milhões de euros

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Os CT registaram subscrições no montante de 137 milhões de euros Daniel Rocha

Em Abril, os resgates de Certificados de Aforro (CA) totalizam 737 milhões de euros, o valor mais elevado de sempre. O montante de resgates, que é mais do dobro do mês anterior, revela o receio das famílias portuguesas face à situação financeira do Estado, que levou ao pedido de ajuda externa.

As especulações sobre uma eventual reestruturação da dívida pública da Grécia, mas também de Portugal, poderá ajudar a explicar o movimento de saída dos CA, que é mais de 10 vezes superior ao das novas subscrições, que atingiram os 105 milhões de euros, revelam os dados do IGCP, o instituto que gere a dívida pública, hoje publicados.

Apesar das recentes subidas, as taxa de juro oferecida pelos CA é baixa, atingindo 1,3 por cento em Abril.

O novo produto de poupança do Estado, os Certificados do Tesouro, associados aos juros da dívida pública, que actualmente oferecem juros elevados, registaram subscrições no montante de 137 milhões de euros.

Mas também neste produto, que obriga a uma imobilização de seis meses, se registaram saídas no montante de 48 milhões de euros, o que reduz o saldo líquido de Abril a 89 milhões de euros, o valor mais baixo desde Novembro.

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