Sondagem coloca PS e PSD em empate técnico

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O PS recuperou 11,6 pontos percentuais, enquanto o PSD sofreu um recuo de 11,4 pontos Foto: Enric Vives-Rubio

Apenas 0,8 pontos percentuais separam o PS e o PSD nas intenções de voto a seis semanas das eleições legislativas, com os socialistas à frente, segundo uma sondagem da Marktest para a TSF e “Diário Económico” divulgada hoje. De acordo com o mesmo barómetro, o partido de José Sócrates tem uma recuperação significativa (mais 11,6 pontos), enquanto o PSD de Passos Coelho registou uma queda de quase 12 pontos.

Assim, se hoje decorressem hoje as legislativas, o PS conseguia 36,1 por cento das intenções de voto, logo seguido pelo PSD, a opção de 35,3 por cento dos inquiridos. A diferença entre os dois partidos, separados por menos de um ponto percentual, colocaria ambos em empate técnico. Comparando estas projecções de voto com as registadas pela Marktest em Março último, os socialistas recuperaram 11,6 pontos percentuais, enquanto os social-democratas sofrem um recuo de 11,4 pontos.

Na mesma sondagem, realizada no último fim-de-semana, uma semana depois do congresso do PS, de as primeiras reuniões da troika UE/BCE/FMI em Lisboa e de o anúncio de Fernando Nobre como cabeça de lista do PSD por Lisboa, a CDU surge como a terceira preferência dos inquiridos, com 8,1 por cento das intenções de voto, mais 1,4 pontos percentuais que na sondagem de Março. O CDS-PP de Paulo Portas teve um subida, ficando com 7,5 por cento, mais 1,2 pontos que no mês passado. O Bloco de Esquerda foi a quinta escolha dos entrevistados, com 6 por cento, um recuo de 2,9 pontos em relação ao barómetro de Março. Ao lado do PSD é a segunda força política a registar recuos no último mês.

Segundo esta sondagem, nem o PS nem o PSD conseguiriam uma maioria absoluta. O partido de Passos Coelho nesta altura não poderia sequer consegui-lo com uma união ao CDS-PP, já que juntos ficaram abaixo dos 50 por cento, uma situação que acontece pela primeira vez desde Setembro de 2010, segundo as contas da Marktest.

Sócrates, Passos e Cavaco menos populares

Cavaco Silva é quem perde mais apoio entre os portugueses neste barómetro. Pela primeira vez, desde o início de actividade da Marktest, em 2000, um Presidente da República tem uma popularidade negativa. Em Abril, o chefe de Estado tem um saldo negativo de 11 pontos percentuais, com 46 por cento dos inquiridos a criticar Cavaco Silva e 35 a considerar, por outro lado, o seu trabalho positivo.

Passos Coelho recuou entre Março e Abril 24 pontos, tendo agora um saldo negativo de 29 pontos. José Sócrates também caiu, com menos sete pontos que em Março, mantendo agora um saldo de 47 pontos negativos.

Jerónimo de Sousa perdeu oito pontos e tem um saldo negativo de 18 pontos, enquanto Francisco Louçã desce para 22 pontos. Paulo Portas é o líder partidário que com uma impopularidade menos acentuada, com um saldo de menos sete pontos.

Esta sondagerm foi realizada entre 15 e 17 de Abril em Portugal continental a cidadãos com mais de 18 anos. Um total de 805 pessoas foram inquiridas numa amostra estratificada por regiões. O intervalo de confiança foi de 95 por cento e a margem de erro de 3,45 por cento. A taxa de resposta foi de 18,1 por cento.

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