Carlos Castro morreu por agressão na cabeça e estrangulamento

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Os pormenores sobre o crime só serão revelados à polícia Jessica Rinaldi/Reuters

A morte do jornalista Carlos Castro, 65 anos – encontrado sem vida na sexta-feira, num hotel em Nova Iorque – foi causada por “lesões por impacto brusco na cabeça” e “compressão na garganta”.

A informação foi avançada pela porta-voz do serviço de medicina legal de Nova Iorque, Ellen Borakove, citada pelas agências Lusa e Reuters. Segundo a Reuters, Borakove não confirmou informações avançadas ontem de que Carlos Castro terá sido sexualmente mutilado.

De acordo com a Lusa, todas as outras informações relativas à morte do jornalista português serão apresentadas apenas à polícia.

A polícia mantém sob custódia o jovem português Renato Seabra, suspeito do homicídio, em avaliação psiquiátrica num hospital da cidade. Seabra será posteriormente sujeito a interrogatório.

De acordo com o Sargento Hayes, da polícia de Nova Iorque, Seabra foi detido de madrugada num hospital onde recebera tratamentos, sendo posteriormente levado para a unidade psiquiátrica do hospital Bellevue, na zona leste de Manhattan, para observação médica.

A polícia não revela se na altura o suspeito apresentava sinais de distúrbios ou de consumo de estupefacientes. “Agora cabe aos médicos determinar quando ele pode sair”, adiantou. Fonte hospitalar ouvida pela Lusa no local adiantou que é habitual que o estado de observação dure um a dois dias.

Seabra, jovem de cerca de 20 anos que participou recentemente em Portugal no concurso televisivo “À Procura do Sonho”, será depois levado para a esquadra para interrogatório, onde poderá ser formalmente acusado do homicídio.

Pelo crime de homicídio, Seabra enfrenta a pena perpétua, a máxima no Estado de Nova Iorque, além de impossibilidade de liberdade condicional. A extradição é pouco habitual quando o crime é cometido por estrangeiros.

Polícia continua investigação no hotel

A polícia continuava, hoje, a recolher provas no local do crime, o luxuoso e recém-inaugurado Hotel Intercontinental, próximo de Times Square, que está vedado a não hóspedes.

Todos os funcionários receberam ordens estritas para não fazer comentários sobre o caso, que mereceu grande destaque na imprensa local.

O corpo de Carlos Castro, cronista de 65 anos que estava em passeio em Nova Iorque desde dia 29, na companhia de Seabra, foi descoberto perto das 19h00 de sexta-feira, com sinais de violência e mutilação.

Informações inicialmente avançadas apontam para o uso de um computador portátil como arma do crime, o que a polícia até ao momento não confirma.

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