Serralves vai albergar uma “casa” da biodiversidade

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As novas instalações vão nascer no final do Parque de Serralves Paulo Pimenta (arquivo)

No início de 2011 deverão abrir portas as novas instalações na Fundação de Serralves, dedicadas à comunicação da biodiversidade, no âmbito de um protocolo assinado hoje com o CIBIO (Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos), da Universidade do Porto.

A “casa” da biodiversidade vai ter uma equipa residente, que desenvolverá “uma série de actividades de comunicação da ciência na área do Ambiente e da biodiversidade”, explicou Nuno Ferrand Almeida, biólogo e coordenador científico do CIBIO, ao PÚBLICO.

As actividades, “que se destinam a todas as idades, desde os miúdos aos graúdos”, passam por conferências e tertúlias que vão demonstrar, por exemplo, estudos científicos sobre morcegos, aves, répteis e anfíbios, explicou ainda.

Nuno Ferrand Almeida acrescentou que as novas instalações, que vão nascer no final do Parque de Serralves, terão ainda residências onde os próprios investigadores do CIBIO se vão instalar, por períodos semanais, a fim de promover a “descodificação” do seu trabalho junto dos visitantes. “Queremos fazer uma ponte entre a investigação e as pessoas”, comentou.

“Este desafio que nos foi lançado no ano passado pela Fundação de Serralves é um sonho para nós. Sendo esta uma fundação tão prestigiada, a nível nacional e internacional, é uma honra e uma responsabilidade imensa estarmos lá”, comentou o responsável.

Este projecto é um dos previstos no âmbito da estratégia de Serralves, de desenvolver o espaço do parque no sentido da protecção ambiental. Hoje, o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, inaugurou o Espaço Parque, um novo pólo de actividades para dinamizar novos programas ambientais para públicos mais alargados. O investimento, de 300 mil euros, foi feito na parte edificada da Quinta do Mata-Sete, na zona mais rural de Serralves. A Casa da Eira foi transformada na Casa da Energia, depois de uma reabilitação “com preocupações de eficiência energética” e a antiga casa dos caseiros é, agora, “uma área nova que vai permitir dinamizar novos programas”, explicou à agência Lusa Elisabete Alves, coordenadora do Serviço Educativo da Fundação.

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