Estatísticas provam que plano anti-crise do Governo "não tem sido eficaz", acusa PSD

O PSD considerou que os dados internacionais hoje divulgados, e que apontam para um aumento do desemprego em Portugal, provam que "o plano anti-crise do Governo não tem sido eficaz" e "está atrasado".

Números do Eurostat hoje conhecidos apontam para uma destruição do emprego em Portugal 1,1 por cento, mais do dobro da diminuição verificada na União Europeia, na ordem de 0,5 por cento, no terceiro trimestre de 2009.

Por outro lado, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económicos revelou hoje que a taxa de desemprego se agravou em Outubro no conjunto dos países da OCDE, fixando-se em 8,8 por cento, com Portugal a chegar aos 10,2 por cento.

"Estes dados não são surpreendentes. Vêm confirmar que o desemprego em Portugal atinge, segundo a OCDE, a quarta taxa de desemprego mais alta das chamadas economias desenvolvidas e aumentou bastante mais em Portugal do que nesta zona da OCDE", afirmou o vice-presidente da bancada do PSD Miguel Frasquilho, em declarações à Agência Lusa.

Para o deputado social-democrata, os dados hoje conhecidos provam que "o plano anti-crise do Governo não tem sido eficaz, quer porque não continha as alternativas mais adequadas para combater a crise económica quer porque está muito atrasado".

"No final de Novembro, segundo dados do ministro das Finanças, apenas 60 por cento desse plano anti-crise tinha sido executado, e estas eram verbas todas para 2009", sublinhou.

O deputado salientou que estas estatísticas demonstram ser necessário um reforço das medidas anti-crise.

"Foi nesse sentido que propusemos um plano com 10 medidas, das quais 7 ou 8 já foram aprovadas no Parlamento e espero que possam vigorar em 2010 de modo a minorar o efeito que a conjuntura económica tem tido sob o emprego em Portugal", afirmou.

No dia 27 de Novembro, a oposição conseguiu aprovar, na generalidade, 11 dos 13 diplomas com medidas "anti-crise" do PSD, CDS-PP e PCP, vencendo a maioria relativa do PS, que votou contra.

Entre as iniciativas aprovadas inclui-se o projecto de lei do CDS-PP para adiar para Janeiro de 2011 a entrada em vigor do Código Contributivo, e um projecto de resolução do PSD com o mesmo objectivo.

Também aprovadas foram iniciativas do PSD que alteram o IRC, extinguindo o Pagamento Especial por Conta (PEC), e recomendam ao Governo medidas de apoio à economia.

Sugerir correcção
Comentar