Júlio Magalhães admite regresso do Jornal de Sexta “um dia destes”

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“Se as pessoas quiserem o ‘Jornal de Sexta’, terão”, afirmou o director de informação da TVI Adriano Miranda/Arquivo

O director de informação da TVI admitiu hoje que o “Jornal de Sexta” de Manuela Moura Guedes e cuja suspensão foi considerada ilegal pela ERC, pode regressar “um dia destes”, embora assuma que o assunto não foi discutido.

“Se as pessoas quiserem o ‘Jornal de Sexta’, terão. Um dia destes, se calhar. O ‘Jornal de Sexta’ era um jornal feito para um estilo próprio que agora não existe mas um dia pode regressar”, disse hoje Júlio Magalhães em Lisboa à margem da conferência “50 Anos de Telejornal - Entre o Passado e o Futuro”. Apesar de admitir o regresso do jornal dirigido por Manuela Moura Guedes, o director de informação da TVI assume que o assunto ainda não foi discutido.

“Nunca equacionámos isso [o regresso do ‘Jornal de Sexta’] sequer. Ainda não falámos sobre isso”, afirmou.

A jornalista Manuela Moura Guedes disse quarta-feira à Lusa estar à espera do regresso do “Jornal de Sexta” depois de o organismo regulador dos media ter considerado que a administração da TVI contrariou a lei ao suspender o programa.

Numa deliberação, aprovada por unanimidade, o conselho regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) afirma que “a referida decisão consubstancia uma intervenção contrária à lei e lesiva das atribuições e competências próprias da direcção de Informação” e avisa que vai iniciar um processo para apurar “da responsabilidade contra-ordenacional”.

Júlio Magalhães foi hoje um dos intervenientes no painel “O Telejornal, Um Género Televisivo em Mudança” na conferência promovida pela RTP.

Para o director de informação da TVI, o telejornal hoje “é um jornal em movimento e tem que ser um espelho da sociedade”.

“Já não pode haver telejornais com notícias escalonadas e por temas. O telejornal hoje vive em função da sociedade e das audiências também, e em função disso tem de se adaptar às novas circunstâncias”, disse.

“O que as pessoas querem do telejornal é o que temos de lhes dar”, acrescentou.

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