Iván Jaime lamenta “amesquinhamento público” no FC Porto
Jogador espanhol lamenta ter sido afastado do plantel e apela ao fim dos comportamentos que o têm “gravemente prejudicado”.
Um dia depois do clássico com o Sporting e dois após as eleições para a presidência do FC Porto, o espanhol Iván Jaime veio a público quebrar o que considera ter sido um "silêncio doloroso". O médio que os "dragões" contrataram ao Famalicão no início da época assina um comunicado, juntamente com a agência que o representa, em que apela ao fim dos "comportamentos que o têm gravemente prejudicado".
Em causa está o afastamento do restante grupo de trabalho, juntamente com três outros colegas (André Franco, Jorge Sánchez e Toni Martínez), após o empate com o Famalicão, a 13 de Abril. Sérgio Conceição não terá ficado satisfeito com o rendimento de alguns jogadores nessa partida e colocou-os à trabalhar à parte.
Sem ter conseguido afirmar-se no FC Porto, o jovem criativo que foi contratado por 10 milhões de euros vem agora manifestar o incómodo e o sentimento de injustiça que a situação lhe tem provocado, explicando que não se pronunciou mais cedo para não interferir no contexto eleitoral.
"A CAA Stellar e o atleta Iván Jaime mantiveram até hoje um silêncio doloroso, porque a sua ética e o seu profissionalismo lhes exigiram um respeito institucional total pelo momento eleitoral que o FC Porto viveu nos últimos meses e que agora se concluiu. Só por isso, não desmentimos antes todas as notícias, referências, declarações e, infelizmente, insinuações que têm vindo a pôr em causa o bom nome, o prestígio profissional e os méritos desportivos do atleta profissional internacional de futebol Iván Jaime", adiantam, em comunicado.
Garantindo que o compromisso e o profissionalismo do jogador sempre foram os mesmos desde o primeiro dia, a agência (que assina o documento em conjunto com o atleta) lamenta que nunca tenha havido reconhecimento. Pelo contrário.
"Chegaram antes um afastamento anunciado, críticas na praça pública e o seu amesquinhamento público, com prejuízo profissional, mas também com dano pessoal. O jogador, durante meses, nada disse, em nada se defendeu. O FC Porto vinha em primeiro e, em momento eleitoral sensível, era-lhe imprescindível ser factor de estabilidade e não de instabilidade", acrescenta.
Findo o período eleitoral, o jogador apela agora "a que cessem todos os comportamentos, oficiais ou oficiosos, institucionais e pessoais, que, de forma contra a ética e até contra a lei, o têm gravemente prejudicado (...)", esperando ter as condições para poder pôr em prática as "inúmeras potencialidades" que Sérgio Conceição já disse ter identificado no espanhol.