Mariana Mortágua defende punição “exemplar” para actos de racismo

A líder do Bloco de Esquerda diz que é preciso “admitir e enfrentar o problema” de racismo em Portugal.

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Mariana Mortágua este domingo de manhã durante uma visita ao mercado do Santo da Serra, em Machico, Madeira HOMEM DE GOUVEIA / LUSA
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Mariana Mortágua, líder do Bloco de Esquerda, defendeu este domingo que a “legitimação do discurso racista, com a eleição de 50 deputados da extrema-direita no Parlamento cria uma onda que é favorável a este tipo de actos violentos”, como o que aconteceu na madrugada de sexta-feira no Porto e que está a ser investigado pela Polícia Judiciária, por suspeitas de crime de ódio.

“É por isso que é tão importante combater o racismo e combater o racismo significa não só condenar este ato e puni-lo de forma exemplar mas admitir e enfrentar o problema. Há um problema de racismo em Portugal, há um passado colonial com o qual Portugal vai ter de lidar”, disse a líder do Bloco de Esquerda aos jornalistas no Funchal, onde o partido vai realizar as suas jornadas parlamentares.

No sábado, também Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, aludiu ao “discurso de incitamento ao ódio, à divisão e ao ressentimento” que se tem estado a instalar, não só em Portugal mas também, e que é “terreno fértil” para a violência que “tem de ser combatida sem hesitação”. Este Domingo, a líder parlamentar do PS, na rede social X (antigo twitter) alertou para lamentou "o ataque absolutamente condenável a imigrantes no Porto" e alertou "para o perigo da normalização da extrema-direita radical, xenófoba, racista, misógina e homofóbica, cujo discurso de ódio incita à violência".

Também o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, bem como vários líderes partidários, condenaram os actos racistas e xenófobos levados a cabo no Bonfim e que levaram à detenção de uma pessoa e à identificação de outros cinco. Os agressores serão todos portugueses.

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