No Dia da Mãe, 25 filmes sobre a maternidade

Escolhidas pelo P3 e pelo Cinecartaz, estas 25 histórias misturam amor incondicional, sacrifício, dor e perda.

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Hye-ja (Kim Hye-ja) é a mãe de Do-joon (Won Bin), um rapaz inocente que, aos 27 anos, ainda é inteiramente dependente dos cuidados dos adultos. Quando uma jovem é encontrada brutalmente assassinada num lugar abandonado, todas as pistas apontam para Do-joon, que acaba por ser condenado pelo crime.

Percebendo a urgência com que a polícia encerrou o caso e absolutamente convicta da inocência do filho, Hye-ja vai fazer de tudo para encontrar o verdadeiro responsável pelo homicídio. Assim começa a saga obstinada de uma mãe que, contra todas as evidências e um sistema policial pouco eficaz, não se deixará abalar pelo desespero.

Uma história dramática sobre o poder do amor realizada pelo sul-coreano Bong Joon-ho — também autor de The Host - A Criatura (2006), Snowpiercer - Expresso do Amanhã (2013), Okja (2017) ou Parasitas (2019), o vencedor-surpresa dos Óscares de 2020 depois de ter ganho nas categorias de melhor filme, realizador, argumento original e filme internacional.

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Passaram-se sete meses sobre o brutal assassinato de Angela, a filha de Mildred Hayes. Inconformada com a actuação das autoridades, que parecem pouco empenhadas em encontrar o culpado, Mildred resolve chamar a atenção para o caso alugando três cartazes à entrada da cidade de Ebbing, no estado norte-americano do Missuri.

As frases que publica em cada um questionam directamente a competência de William Willoughby, o chefe de polícia. Essa atitude vai desencadear uma espiral de violência na cidade, com a polícia a querer demonstrar a falsidades das acusações e Mildred a tentar a todo o custo que seja feita justiça.

Uma comédia negra escrita, produzida e realizada por Martin McDonagh (Em Bruges, Sete Psicopatas, Os Espíritos de Inisherin). O elenco inclui Frances McDormand, Woody Harrelson, Sam Rockwell, John Hawkes e Peter Dinklage.

Nomeado para sete Óscares, Três Cartazes à Beira da Estrada venceu dois: melhor actriz principal (
McDormand) e actor secundário (Rockwell).

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A história de Alice Hyatt (Ellen Burstyn), uma mulher de 35 anos que, após a morte do marido, se vê sozinha e sem dinheiro para cuidar de Tommy, o filho de 11 anos. Por causa disso decide deixar tudo para trás e voltar a Monterey, na Califórnia, a sua terra natal.

Depois de uma paragem em Phoenix, onde se envolve com Ron (Harvey Keitel) num tumultuoso relacionamento, Alice estabelece-se em Albuquerque, onde aceita ser empregada de mesa enquanto mantém o sonho de se tornar cantora.

Com realização de Martin Scorsese e argumento de Robert Getchell, Alice Já Não Mora Aqui recebeu vários prémios, entre eles o Óscar de melhor actriz entregue a Burstyn em 1975.

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Quarto (2015)

Com apenas cinco anos de idade, Jack não faz ideia de que o quarto onde sempre viveu é o lugar onde a mãe tem sido mantida prisioneira durante os últimos sete anos. Apesar de a criança ser fruto de uma violação, ele tem sido a força que tem mantido a rapariga viva. Com esforço, ela tenta proporcionar-lhe uma vida “normal”, fazendo o pequeno acreditar que aquele lugar é o mundo inteiro e que o que vêem através do ecrã da televisão nada mais é do que uma fantasia.

Quando o captor os informa de que foi despedido e que em breve deixará de poder trazer-lhes alimentos, a mãe entra em pânico. Decidida a encontrar um modo de garantir a sobrevivência de Jack, arranja uma forma de ele fugir. E é assim que ele informa a polícia e ela é encontrada e libertada. Porém, quando mãe e filho se encontram fora daquele espaço, vão perceber que, de tão habituados à clausura, a liberdade pode ser quase tão aterradora como a total ausência dela.

Com realização de Lenny Abrahamson, um filme dramático sobre sobrevivência e capacidade de adaptação que se baseia no best-seller homónimo de Emma Donoghue, que também escreve o argumento. Com quatro nomeações na edição de 2016 dos Óscares, deu a a Brie Larson o de actriz principal.

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Mãe (2024)

A viver na Ilha da Madeira, Dolores encontra-se num estádio avançado de Alzheimer. Cientes da perda das suas faculdades, Mário e Samuel, os seus dois filhos adultos, regressam a casa para a apoiar no que podem. O processo é terrível para todos, que vêem a proximidade do fim sabendo que não há muito que possa ser feito para o evitar. A inevitável tristeza e a desesperança que a doença provoca nesta família vão dar origem a uma série de conflitos entre os irmãos.

Um drama sobre o amor, a demência e o envelhecimento escrito pelo madeirense João Brás, que se inspira na história da própria avó. Com Teresa Faria no papel da matriarca, o elenco conta também com Diogo Tavares, Gabriel Pacheco, Christelle Caboz, Ana Barros, Hélder Agrela, Mariça Silva, Ana Marta Kaufmann e Francisco Lobo Faria.

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EUA, início dos anos 1960. Alice e Celine (Jessica Chastain e Anne Hathaway), vizinhas e melhores amigas, levam uma vida desafogada na sua elegante casa dos subúrbios. São ambas casadas com homens bem-sucedidos e mães a tempo inteiro de dois rapazes da mesma idade, também inseparáveis.

As suas vidas aparentemente perfeitas são tragicamente abaladas quando o filho de Celine cai de uma varanda e morre. A amizade entre elas, que até aí tinha sido tão importante para as duas famílias, vai ser profundamente transformada pela culpa, inveja e desconfiança.

Filmado em apenas 24 dias, este thriller psicológico sobre luto, paranóia e ressentimento tem assinatura do francês Benoît Delhomme e é um remake do filme Duelle, realizado em 2018 por Olivier Masset-Depasse, que adaptou ao grande ecrã a obra escrita por Barbara Abel.

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Tully (2018)

Com o nascimento do seu terceiro filho, Marlo sente-se absolutamente esgotada. Quando vê que atingiu o limite das suas capacidades, aceita um conselho do irmão e contrata uma ama para cuidar do bebé durante a noite. É assim que Tully, uma jovem doce e bem-intencionada, entra na vida daquela família. Percebendo os efeitos de uma boa noite de sono, Marlo sente-se revigorada. Entre as duas mulheres nasce então uma amizade estreita, baseada numa confiança e companheirismo inesperado que dará a Marlo a força e esperança de que tanto necessitava.

Estreada no Festival de Cinema de Sundance (EUA), uma comédia dramática sobre as dificuldades da maternidade realizada por Jason Reitman (Juno, Nas Nuvens, Jovem Adulta e Um Segredo do Passado) e escrita pela oscarizada Diablo Cody. Com Mackenzie Davis e Charlize Theron nos principais papéis, o elenco conta ainda com a participação de Mark Duplass, Emily Haine e Ron Livingston.

Há já muitos anos que Molly (Mila Kunis) é viciada em heroína – uma circunstância que lhe destruiu o casamento e que a afastou dos dois filhos. Deb (Glenn Close), a mãe, tem feito de tudo para a ajudar, sem qualquer sucesso. Um dia, após quase um ano sem dar notícias, Molly surge à porta de Deb a suplicar por ajuda. Apesar de se ter tentado desintoxicar inúmeras vezes, ela jura que este é o momento em que se sente realmente preparada para abandonar o vício. A mãe, apesar de relutante, decide ajudá-la.

O médico avisa que as probabilidades de reincidência são enormes mas propõe-lhe a injecção mensal de um antagonista opióide, a fim de a ajudar no processo. Contudo, para que possa receber essa medicação, terá de permanecer sóbria durante mais quatro dias. Lado a lado, mãe e filha comprometem-se a ultrapassar cada hora dos terríveis dias que se seguem, lutando contra o desespero e o medo de que nada disso valha a pena.

Estreado no Festival de Cinema de Sundance (EUA), um filme dramático sobre o amor e os terríveis danos da toxicodependência, realizado e escrito por Rodrigo García (Mães e Filhas, Albert Nobbs). O argumento tem por base o artigo How's Amanda? A Story of Truth, Lies and an American Addiction, escrito por Eli Saslow e publicado em 2016 no The Washington Post, sobre os esforços de Libby Alexander para apoiar a filha, Amanda, na sua luta.

Quatro jovens mulheres de ascendência chinesa, mas nascidas nos EUA, procuram as suas raízes junto das respectivas mães, nascidas na China feudal. Esta busca vai ajudá-las a compreender as progenitoras e ultrapassar conflitos criados ao longo das suas vidas, dando uma nova oportunidade às relações.

Nomeado para o BAFTA de melhor argumento adaptado, O Clube da Sorte e da Alegria foi baseado no best-seller da norte-americana Amy Tan, que co-escreveu o argumento com Ronald Bass. Com Oliver Stone como produtor executivo, tem realização de Wayne Wang (Smoke - Fumo, Caixa Chinesa).

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Apresentado no 77.º Festival de Veneza, onde Vanessa Kirby recebeu a Volpi Cup pelo seu desempenho — e, mais tarde, foi nomeada para os BAFTA, Critcs Choice, Globo de Ouro, Screen Actors Guild e Óscar de melhor actriz , o filme desenrola-se a partir de um dramático parto em casa e fala sobre o modo como a perda de um bebé afecta a mãe, o casal e toda a família alargada.

Com Martin Scorsese como produtor executivo e realização do húngaro Kornél Mundruczó (Tender Son: The Frankenstein Project, A Lua de Júpiter), este drama conta também com as interpretações de Shia LaBeouf, Sarah Snook e Ellen Burstyn.

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Uma história de perdas e redenções: uma mãe solteira perde o filho num acidente e, ao querer ir ao reencontro do passado, acaba por encontrar uma hipótese de futuro.

Nas ruínas do conceito restrito de família, Pedro Almodóvar propõe a sua família para o século XXI: um conceito alargado, cheio de figuras de substituições, onde cada um toma o lugar do outro. Esta utopia calorosa foi realizada e escrita por Almodóvar, e arrecadou o Óscar de melhor filme estrangeiro.

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Juno (2007)

Juno (Elliot Page) é uma rapariga de 16 anos que gosta de andar ao seu ritmo, de preferência ao som de uma qualquer canção dos The Stooges mas que, apesar do seu ar rebelde, é apenas uma adolescente que tenta descobrir quem é.

Enquanto a maior parte das colegas passa o tempo a actualizar a página na comunidade virtual MySpace ou no centro comercial, Juno recusa-se a imitá-las. Até que uma tarde, tão aborrecida quanto outras, tudo vai mudar: Juno decide fazer amor com Bleeker, um rapaz charmoso e um pouco pretensioso.

A falta de cuidados leva Juno a ficar grávida. Decidida a avançar com a gravidez, convence-se que o dará para adopção. Com a ajuda de Leah, a sua melhor amiga, procura nas páginas de classificados os pais adoptivos perfeitos. Até que descobre Mark e Vanessa Loring (Jason Bateman e Jennifer Garner), um casal que há muito sonha adoptar um filho.

Mas durante os nove meses seguintes, Juno terá de passar por diversas fases de amadurecimento e provar a sua coragem.

Realizado Jason Reitman (Nas Nuvens, Jovem Adulta e Um Segredo do Passado), Juno teve quatro nomeações para os Óscares de 2008, com Diablo Cody a vencer na categoria de melhor argumento.

Minha Mãe (2015)

Margherita é uma realizadora de sucesso que se prepara para iniciar as filmagens da sua mais recente obra. O novo filme conta com Barry Hughins, uma estrela conhecida internacionalmente, tanto pelos papéis que desempenha, como pelo seu feitio irascível. Ela sente-se assoberbada pelas expectativas dos seus colegas de profissão e do público e por tudo o que lhe é exigido durante as rodagens.

Paralelamente a isso, em termos pessoais, está a atravessar um momento particularmente difícil: terminou a relação com o seu companheiro de anos, a sua única filha está em plena crise de adolescência e a mãe encontra-se internada num hospital, gravemente doente. O seu único apoio é Giovanni, o irmão, com quem mantém uma relação constante e de grande proximidade.

Com assinatura do italiano Nanni Moretti (Querido Diário, O Quarto do Filho, Habemus Papam - Temos Papa, Três Andares ou O Sol do Futuro), um melodrama contido sobre as crises existenciais contadas a partir de três gerações de mulheres. O elenco conta com a participação de Margherita Buy, John Turturro, Giulia Lazzarini e, como sempre nos seus filmes, o próprio realizador.

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Em Imitação da Vida, realizado por Douglas Sirk em 1959, Lana Turner (a grande estrela de Hollywood da altura), interpreta o papel de Lora Meredith, uma actriz bem-sucedida. Já Juanita Moore, dá vida a Annie, uma mãe solteira de origem afro-americana que vai viver para a casa de Lora como empregada doméstica. Com o passar dos anos, as duas mulheres vão-se tornando cada vez mais próximas, acabando por partilhar as suas vidas, os seus segredos e os problemas das respectivas filhas.

Pelos seus desempenhos neste filme, Susan Kohner (no papel de Sarah Jane, filha de Annie) e Juanita Moore foram nomeadas para o Óscar de melhor actriz.

Podes vê-lo na Mubi e no TVCine Edition a 25 de Maio, às 22h

Filomena (2013)

Irlanda, 1952. Numa sociedade profundamente conservadora, a jovem Philomena engravida. Por esse motivo, é enviada para um convento onde, como forma de remissão, é obrigada a trabalhar e a dar o filho para adopção. Cinquenta anos volvidos, e após muitas tentativas de reencontrar a criança, Philomena ainda não perdeu a esperança.

É então que o acaso a leva a conhecer Martin Sixsmith, ex-correspondente da BBC, que se interessa pelo assunto e lhe propõe escrever um artigo para uma revista. Juntos, seguem viagem até aos EUA, onde lhes será revelada a extraordinária história da criança perdida e onde ainda haverá espaço para uma cumplicidade inesperada, que ajudará ambos a abraçar a vida de uma outra maneira.

Um filme sobre o amor e a perda, assinado pelo veterano Stephen Frears (Ligações Perigosas, Florence, Uma Diva Fora de Tom, Vitória e Abdul), que conta com quatro nomeações para os Óscares: melhor filme, argumento adaptado, actriz (Judi Dench) e banda sonora original. O argumento, da responsabilidade de Steve Coogan (que também protagoniza) e Jeff Pope, tem por base a história real de Philomena Lee, contada no livro The Lost Child of Philomena Lee, escrito pelo próprio Martin Sixsmith.

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EUA, finais da década de 1970. Dorothea Fields é uma mãe solteira de 55 anos que se esforça por educar Jamie, o filho de 15 anos, numa altura de grandes mudanças sociais e culturais. Apesar das dificuldades, terá a ajuda de duas mulheres muito diferentes de si, mas com quem acaba por criar fortes laços de amizade: Abbie, uma artista punk que arrenda um quarto em sua casa; e Julie, uma adolescente inteligente e provocadora que vê o mundo de uma forma muito especial. As três vão ajudar Jamie a crescer, mostrando a sua visão sobre as mulheres, os relacionamentos e a vida em si mesma.

Escrita e realizada por Mike Mills, e candidata ao Óscar de melhor argumento original, uma comédia dramática sobre o sentido da existência que se inspira na vida da própria mãe do realizador – da mesma forma que Assim É o Amor (2010), o seu filme anterior, se inspirara na do pai.

O elenco conta com a participação de Elle Fanning, Greta Gerwig, Lucas Jade Zumann, Billy Crudup e Annette Bening que, com esta interpretação, foi nomeada para o Globo de Ouro de melhor actriz num musical ou comédia.

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Leda Caruso é uma professora universitária de meia-idade que se encontra de férias na Grécia. Sozinha, passa o tempo a observar as pessoas à volta, distraidamente, até se tornar quase obsessivamente interessada por uma jovem mãe e a sua filha pequena. Através delas, Leda vê-se de regresso ao passado e à sua experiência enquanto mãe. Isso vai fazê-la reavaliar a sua vida e as decisões, nem sempre fáceis ou justas, que teve de tomar.

Com assinatura da actriz Maggie Gyllenhaal (na sua estreia em realização), protagonizado por Olivia Colman e baseado numa obra de Elena Ferrante, um drama sobre os diversos desafios da maternidade. Com Jessie Buckley, Dakota Johnson, Peter Sarsgaard e Ed Harris a assumirem as personagens secundárias, o filme foi muito bem recebido pelo público e pela crítica, e foi nomeado para os Globos de Ouro de realização e representação (Colman).

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James L. Brooks, homem da televisão, estreava-se em cinema com este melodrama que comoveu meio mundo, inclusive os membros da Academia de Hollywood, que lhe deram cinco Óscares: melhor filme, realizador, actriz, actor secundário e argumento. A história de uma mãe e de uma filha que se reúnem ao saber que uma delas sofre de uma doença incurável foi o primeiro grande sucesso do realizador de Melhor É Impossível (1997).

Destaque para as interpretações de Jack Nicholson no papel que lhe valeu o Óscar e o Globo de Ouro de melhor actor secundárioe de Shirley MacLaine, distinguida com vários prémios, entre os quais Óscar de melhor actriz principal.

Mamma Roma (1962)

Este é o segundo filme de Pier Paolo Pasolini, um dos grandes mestres do cinema italiano, com argumento original da sua autoria, e uma das suas primeiras obras a retratar os marginais da sociedade italiana. A actriz Anna Magnani dá vida a Mamma Roma, uma prostituta que se consegue libertar de Carmine, o seu chulo, e montar um posto público de vendas para poder proporcionar uma educação decente ao seu filho Ettore (Ettore Garofolo).

Com este filme, Pasolini foi nomeado para o Leão de Ouro do Festival de Veneza de 1962. Na altura da sua estreia, Mamma Roma foi proibido em Portugal pelo tema que aborda, ressurgindo nos circuitos comerciais apenas em 1992.

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Os Outros (2001)

A Segunda Guerra Mundial acabou, mas o marido de Grace (Nicole Kidman) não voltou. Sozinha num enorme casarão vitoriano, numa ilha isolada, educa os seus filhos segundo rígidas normas religiosas. Como as crianças têm uma estranha doença e não podem ser expostas directamente à luz do dia, também os criados têm de se submeter a várias regras vitais. A casa está sempre na penumbra e nunca se pode abrir uma porta sem fechar a anterior. Quando os criados desaparecem sem qualquer explicação e são contratados novos empregados, várias situações bizarras começam a acontecer.

Este drama tem realização do espanhol Alejandro Amenábar (De Olhos Abertos, Mar Adentro, Regressão) que, na nota de intenções do filme explica que a sua infância sempre esteve associada ao medo: medo do escuro, medo das portas entreabertas, medo dos armários e de tudo o que pudesse esconder alguém ou alguma coisa. "Os arrepios de terror são uma sensação pouco agradável, mas o terror também é reconfortante e é sem dúvida uma das sensações mais intensas que existem", diz.

Janis e Ana conhecem-se num quarto de uma maternidade, quando estão prestes a dar à luz. Janis, que já passou dos 40, apesar de não ter uma gravidez planeada, encara o momento com alegria. A jovem Ana, pelo contrário, está aterrorizada com o que está prestes a acontecer. Naquele momento tão marcante das suas vidas, vão criar um laço profundo que se prolongará pelo tempo.

Estreado no Festival de Cinema de Veneza – onde Penélope Cruz recebeu o Prémio Volpi Cup de melhor actriz –, este melodrama sobre os diversos lados da maternidade foi escrito e realizado pelo multipremiado realizador espanhol Pedro Almodóvar. No elenco, para além de Cruz, estão também as actrizes Milena Smit, Aitana Sánchez-Gijón, Daniela Santiago, Julieta Serrano e Rossy de Palma.

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Rachel tem 40 anos, é professora e adora a vida que tem. Um dia apaixona-se por Ali, recentemente divorciado e pai de uma menina de quatro anos. A relação acrescenta-lhe um novo nível de felicidade e não tarda muito até criar laços fortíssimos não apenas com ele mas também com a sua filha.

Mas quando, por diversas ocasiões e motivos, se vê posta de parte, Rachel dá-se conta de que chegou o momento de resolver se quer tornar-se mãe dos seus próprios filhos ou abdicar definitivamente da maternidade e dedicar-se à dos outros.

Estreado no Festival de Cinema de Veneza e realizado e escrito por Rebecca Zlotowski (Grand Central), uma comédia dramática que conta com Virginie Efira, Roschdy Zem, Chiara Mastroianni e Callie Ferreira-Goncalves.

A Troca (2008)

Los Angeles, 1928. Uma manhã, Christine diz adeus ao filho Walter antes de ir trabalhar. Quando regressa, ele desapareceu. Christine nunca poderia antecipar o sofrimento desse momento e como iria mudar a sua vida para sempre.

Nos meses que se seguem, desencadeia-se uma busca imparável. E, quando toda a esperança parecia perdida, Christine pensa que as suas preces foram ouvidas, ao aparecer um rapaz que diz chamar-se Walter.

Christine leva-o para casa, após todo o mediatismo do encontro, mas começa a duvidar que aquele seja efectivamente o seu filho. Com a dúvida instalada no seu coração, o desespero de Christine não esmorece. Continua à procura de respostas, num sistema que tenta a todo o custo calá-la.

Realizado em 2008 por Clint Eastwood, um drama que conta com Angelina Jolie como protagonista que, com este papel, foi nomeada para o Óscar de melhor actriz.

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Três mulheres na sua relação com a maternidade. Há 35 anos, Karen (Annette Bening) ficou grávida com apenas 14 anos e, sem hipótese de escolha, foi obrigada a dar a sua filha para adopção. Karen nunca conseguiu lidar com essa perda e é uma pessoa amargurada, com enormes dificuldades de relacionamento.

Já a sua filha, Elizabeth (Naomi Watts), é uma advogada de sucesso focada apenas em vencer por mérito próprio e com relutância em criar laços de qualquer espécie. Enquanto isso, Lucy (Kerry Washington) sonha ser mãe e, sem conseguir engravidar, resolve finalmente partir para a adopção.

Simultaneamente confrontadas com escolhas decisivas, estas mulheres vão ver os seus destinos entrelaçados de forma inesperada.

Com argumento e realização de Rodrigo García (Nove Mulheres, Nove Vidas, Quatro Dias a Teu Lado), conta ainda com a participação de Samuel L. Jackson.

Situada em Osage County, no estado de Oklahoma (EUA), durante o mês mais quente do ano, esta é a história dos Weston, uma família disfuncional que se reúne devido ao estranho desaparecimento de Beverly Weston, o patriarca. À medida que os dias passam e eles são forçados a uma convivência imposta pelas circunstâncias, tudo vem ao de cima: as crises, os ciúmes, os ressentimentos e as fragilidades de cada um. Porém, no meio de tantos sentimentos, haverá espaço para reencontrar o amor que, apesar de tudo, ainda teima em uni-los a todos.

Com produção de George Clooney, Jean Doumanian e Grant Heslov, uma comédia negra assinada pelo produtor, argumentista e realizador John Wells (responsável pela série televisiva E.R. - Serviço de Urgência e pelo filme Homens de Negócios).

O argumento baseia-se na peça homónima de Tracy Letts que, com esta obra, venceu um Pulitzer. O elenco é de luxo e conta com Meryl Streep, Sam Shepard, Julia Roberts, Ewan McGregor, Chris Cooper, Abigail Breslin, Juliette Lewis e Benedict Cumberbatch, entre outros. Um Quente Agosto teve duas nomeações para dois prémios da academia: Melhor Actriz e Melhor Actriz Secundária (Meryl Streep e Julia Roberts, respectivamente).

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